Neurônio é a célula nervosa que, juntamente com as células da neuróglia, forma o tecido nervoso. Responsável pela condução do impulso nervoso, possui a capacidade de responder aos estímulos do meio, como a luz e o calor, por exemplo; através de alterações da diferença de potencial elétrico existente entre as superfícies interna e externa de sua membrana plasmática, se propagando ao longo da célula e de seus prolongamentos.
O neurônio é considerado a unidade básica da estrutura tanto do cérebro quanto do sistema nervoso. É formado por um corpo celular denominado pericário, de onde partem os prolongamentos e que acomoda o núcleo do neurônio; dendritos, prolongamentos numerosos responsáveis por receber os estímulos do ambiente, células epiteliais sensoriais e outros neurônios; e axônio, um prolongamento único condutor dos impulsos nervosos à outras células, como as musculares, glandulares ou mesmo outros neurônios.
O número, o comprimento e o modo de ramificação dos prolongamentos do pericário são a base morfológica para a classificação dos neurônios em multipolares, bipolares ou pseudo-unipolares.
Os neurônios multipolares apresentam mais de dois prolongamentos partindo de seu pericário, sendo um deles o axônio e os demais dedritos. Já os bipolares possuem apenas dois prolongamentos, um axônio e um dedrito. Nos neurônios pseudo-unipolares há apenas um único prolongamento saindo do pericário, porém ele se bifurca em dois novos prolongamentos, um indo em direção à alguma estrutura periférica e o outro para o sistema nervoso central, contudo ambos apresentam características de axônio. Neste tipo de neurônio, os detritos são os ramos de terminação periférica do axônio, relacionados com o receptor.
No que se refere às funções dos neurônios, os mesmos podem ser classificados em neurônios motores, cuja função é transmitir o sinal vindo do sistema nervoso central até os órgãos efetores (que se movem), como as fibras musculares; neurônios sensoriais, receptores dos estímulos sensoriais do meio-ambiente e do próprio organismo; e interneurônios, que constituem extensas redes de neurônios.
O núcleo de um neurônio é circundado por citoplasma e, na maioria dos neurônios, é esférico, grande e pálido, isso porque seus cromossomos encontram-se desespiralizados, indicando o metabolismo elevado destas células. Normalmente os neurônios possuem um só núcleo, porém nos gânglios sensitivos e simpáticos, são binucleados.
Bibliografia:
Levada, Miriam M. O., Fieri, Walcir J. e Pivesso, Mara Sandra G.. Apontamentos Teóricos de Citologia, Histologia e Embriologia, São Paulo: Catálise Editora, 1996.
domingo, 6 de junho de 2010
O Amor
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar..
Fernando Pessoa
Bicho-Pau
Os insetos da ordem Phasmatodea são popularmente denominados bicho-pau, por apresentarem uma incrível similaridade com fragmentos de madeira. Comprovando a teoria evolutiva de Darwin e seu mecanismo de seleção natural, este animal se adapta de forma brilhante ao universo da Natureza, utilizando o instrumento da camuflagem.
Completamente incapaz de fazer mal a algum outro ser, ele se defende permanecendo muito tempo imobilizado no galho de um arbusto, sem ser percebido. Ele se mobiliza bem devagar e se vale deste estratagema para não ser apanhado por seus caçadores, especialmente as aves.
Este inseto, encontrado nas regiões norte e leste da América do Sul, ainda encontra em sua constituição orgânica outros meios de defesa. Ele destila uma substância leitosa e repulsiva, que afasta os predadores, e também apresenta o dom de revivificar os membros eliminados. O bicho-pau se multiplica através da reprodução ovípara; seus ovos são lançados pela fêmea em várias direções, assim os recém-nascidos podem se disseminar nas mais vastas regiões e longe da mãe.
Estes ovos são semelhantes a germes, posicionados casualmente na terra pelos espécimes femininos. As mães não escolhem intencionalmente os locais nos quais os depositará; elas os largam simplesmente na terra. O crescimento do organismo que está sendo gerado é muito vagaroso; ele leva de 100 a 150 dias para vir à luz.
Estes ovos são semelhantes a germes, posicionados casualmente na terra pelos espécimes femininos. As mães não escolhem intencionalmente os locais nos quais os depositará; elas os largam simplesmente na terra. O crescimento do organismo que está sendo gerado é muito vagaroso; ele leva de 100 a 150 dias para vir à luz.
A partir deste momento o bicho-pau é denominado de ninfa e apresenta uma conformação física similar à do adulto. Logo depois da saída do ovo ele já transcende o tamanho deste casulo que lhe servira de refúgio, pois seu organismo é estirado logo após a vinda ao mundo.
O bicho-pau se alimenta de ervas, folhagens e rebentos, por isso nas regiões urbanas ele pode ser visto em goiabeiras ou em pitangueiras. Apesar disso ele nunca se multiplica o bastante para arruinar a agricultura. Este animal se move por meio de oscilações, daí ele ser confundido, muitas vezes, com uma folha balançando ao vento.
Na fase adulta os machos se revelam distintos das fêmeas, uma vez que apresentam menor porte, são mais delgados e portam asas de menor tamanho, as quais possibilitam diminutos voos. A reprodução entre eles é sexuada ou assexuada, através da partenogênese – um embrião é gerado sem que se recorra à fertilização. Os insetos do gênero masculino vivem cerca de 18 meses, enquanto os do sexo feminino sobrevivem por mais ou menos 30 meses.
No Brasil as fêmeas podem atingir 22 cm, enquanto os machos são pequenos e têm asas; estes insetos preferem a vida noturna e aparecem especialmente no Rio de Janeiro, na Bahia, no Espírito Santo e na Amazônia. Seu meio ambiente natural são as florestas tropicais, nas quais são encontrados entre as folhas da vegetação local.
Fontes:
http://www.zoologico.sp.gov.br/animaisdozoo/bicho_pau.htm
http://andreabrelaz.blogspot.com/2008/10/museu-apresenta-inseto-mais-comprido-do.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bicho-pau
http://pt.wikipedia.org/wiki/Partenogênese
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Floresta Ombrófila
Floresta Ombrófila é a nova terminologia para o ecossistema antes denominado Floresta Pluvial. As duas palavras têm o mesmo significado: “amigo das chuvas”, sendo que a palavra “pluvial” é de origem latina, enquanto “ombrófila” é de origem grega.
Segundo o Manual Técnico da Vegetação Brasileira (1991), existem três tipos de Floresta Ombrófilas: Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Aberta e Floresta Ombrófila Mista. Cada um dos tipos de Floresta pode ser dividido por faixas altitudinais.
Floresta Ombrófila Densa
Antes conhecida como Floresta Pluvial Tropical, tem como principais características as altas temperaturas e o alto índice de precipitação bem distribuído durante o ano, praticamente sem períodos de seca. As folhas das árvores são geralmente largas e estão sempre verdes. A Mata Atlântica, a Serra do Mar, e partes da Floresta Amazônica são exemplos de Floresta Ombrófila Densa. É chamada de Floresta Ombrófila Densa Aluvial a mata ciliar, ou seja, a floresta que ocorre ao longo dos cursos d’água. Existem ainda as seguintes faixas altitudinais: Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (altitudes inferiores a 50 metros); Densa Submontana (em encostas das serras entre 50 e 500 metros de altitude); Densa Montana (em locais entre 500 e 1.000 metros de altitude) e Densa Alto – Montana (altitudes superiores a 1.000 metros).
Floresta Ombrófila Aberta
É considerada uma área de transição entre a floresta amazônica e as regiões extra- amazônicas. Tem como principais características o maior espaçamento entre as árvores, daí a origem do nome, e um período de mais de 60 dias sem chuvas por ano. Existem ainda as seguintes faixas altitudinais: Floresta Ombrófila Aberta das Terras Baixas; Aberta Submontana e Aberta Montana
Floresta Ombrófila Mista
Conhecida como Mata das Araucárias, ocorre com maior incidência nos planaltos dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e em algumas regiões dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O símbolo desse ecossistema é a araucaria angustifolia, árvore popularmente conhecida como “Pinheiro-do-paraná”. A temperatura média é inferior nesse ecossistema, caracterizando um clima temperado, com precipitações bem distribuídas, com períodos de seca inferiores a 60 dias por ano, e com estações bem definidas. Existem ainda as seguintes faixas altitudinais: Floresta Ombrófila Mista Aluvial; Mista Submontana; Mista Montana; Mista Alto-Montana.
Referências:
ACCACCIO, Eduardo. Flora na Ecorregião da Serra do Mar. Disponível em:Acesso em 22 mai. 2010.
BRASIL. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Manual Técnico da Vegetação
brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 1991.
http://br.viarural.com/servicos/turismo/areas-de-protecao-ambiental/apa-tapajos/default.htm
http://www.apremavi.org.br/cartilha-planejando/as-diferentes-matas-da-mata-atlantica/
Segundo o Manual Técnico da Vegetação Brasileira (1991), existem três tipos de Floresta Ombrófilas: Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Aberta e Floresta Ombrófila Mista. Cada um dos tipos de Floresta pode ser dividido por faixas altitudinais.
Floresta Ombrófila Densa
Floresta Ombrófila Aberta
É considerada uma área de transição entre a floresta amazônica e as regiões extra- amazônicas. Tem como principais características o maior espaçamento entre as árvores, daí a origem do nome, e um período de mais de 60 dias sem chuvas por ano. Existem ainda as seguintes faixas altitudinais: Floresta Ombrófila Aberta das Terras Baixas; Aberta Submontana e Aberta Montana
Floresta Ombrófila Mista
Conhecida como Mata das Araucárias, ocorre com maior incidência nos planaltos dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e em algumas regiões dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O símbolo desse ecossistema é a araucaria angustifolia, árvore popularmente conhecida como “Pinheiro-do-paraná”. A temperatura média é inferior nesse ecossistema, caracterizando um clima temperado, com precipitações bem distribuídas, com períodos de seca inferiores a 60 dias por ano, e com estações bem definidas. Existem ainda as seguintes faixas altitudinais: Floresta Ombrófila Mista Aluvial; Mista Submontana; Mista Montana; Mista Alto-Montana.
Referências:
ACCACCIO, Eduardo. Flora na Ecorregião da Serra do Mar. Disponível em:
BRASIL. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Manual Técnico da Vegetação
brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 1991.
http://br.viarural.com/servicos/turismo/areas-de-protecao-ambiental/apa-tapajos/default.htm
http://www.apremavi.org.br/cartilha-planejando/as-diferentes-matas-da-mata-atlantica/
segunda-feira, 31 de maio de 2010
O TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS SALVANDO VIDAS
O transplante de órgãos e tecidos pode ser um procedimento cirúrgico que busca substituir um órgão doente por outro órgão normal de alguém que já faleceu, o doador. Normalmente, o transplante é feito quando não há outra forma de cura para uma pessoa. Apesar da mesma finalidade (salvar vidas), os transplantes de órgãos e tecidos são feitos de maneiras diferentes. Para a realização do transplante de órgãos é necessária uma cirurgia de substituição do órgão afetado, além de fazer a ligação do novo órgão ao organismo do receptor. Já para a realização do transplante de tecidos não é necessária uma intervenção cirúrgica, pois as células são injetadas na corrente sanguínea onde realizam a renovação celular. Segundo as exigências, os transplantes podem ser feitos a partir de autorização da própria pessoa para extração de órgãos ou dos seus responsáveis. Algumas pessoas apresentam alguns problemas que os impedem de doar órgãos como portadores de doenças infecciosas incuráveis, câncer e outros. Em vida pode-se doar o rim e parte do fígado, porém os demais órgãos somente poderão ser removidos de um indivíduo se o mesmo for diagnosticado com morte cerebral. Após a confirmação da morte cerebral, se autorizado, os órgãos devem ser retirados no máximo em até quatro horas, o coração e o pulmão devem ser os primeiros a ser removidos por causa da sensibilidade dos mesmos. O correto é que logo após a remoção seja realizado o transplante
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